“No intervalo em que o trem se detinha, a música era interrompida, pois, dependendo da estação, o som poderia chamar a atenção dos seguranças. Dava o maior trabalho despistá-los. Guardar o chocalho ou o pandeiro é coisa simples, porém colocar o violão na capa com rapidez exige prática. No caso de um BVG entrar no trem e flagrar o músico com o violão em punho, mesmo sem estar tocando, é como se o instrumento se transformasse numa metralhadora. Aí não havia muito que fazer a não ser cara de estátua, descer do vagão, fingir sair da estação e recomeçar.” - Ligia Braslauskas

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