No final do ano anterior ao Cabeça Dinossauro, dois integrantes foram presos com heroína. Era época em que o bicho pegava na prisão. História bem da mal contada até hoje, sabe-se que o guitarrista Tony Bellotto deu (forte ou fraco) com a língua nos dentes, e saiu rapidinho do xadrez. Arnaldo Antunes ficou mofando quase um mês por lá. Tinha tudo para ser o disco mais raivoso da banda até então. E foi. Mesmo que na fornada tenham saídos biscoitos ao estilo de reggae (“Família”) e de funk (“Bichos Escotos” e “Estado Violência”). O ponto era que em Cabeça Dinossauro os Titãs encontraram a medida certa entre a inovação que tentavam promover e a agressividade que lhes frustrara nas experiências pessoais e profissionais recentes.